domingo, 22 de março de 2009

Só o cheiro do teu cheiro

Há muito fostes embora.
Há pouco, apenas, percebi:
tua presença conta menos do que imaginei um dia.
És valiosa enquanto ideia, conceito, energia.

Longe, és como quero que seja.
Nada mais, nada menos.

Não tens feições, não tens problemas.
És amiga imaginária, és alterego.

Estás agregada a outras figuras, lembranças, lugares.
Não tens mais nome.
És Gabriela, Juliana, Roberta.
És aquela loira do Reveillon que esqueci o nome.

Juntas, ausentes, vocês estão em mim.
São o meu placebo homeopático,
a minha dose diária de nostalgia,
o meu know-how.

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