Confraria de Sumbaré
Céus! O que peço é muito
A posição que almejo
longe de um mero desejo,
é muito
Do trivial quero ir além,
invadir uma vida
e, em contrapartida,
ser invadido também
Sentar lá na primeira fila
E, mesmo que a contragosto,
expor e ser exposto,
ser assumido e assumi-la
Não é por faltar coragem
nem medo de ouvir a resposta
Minha aflição em fazer tal proposta
é a impressão de que levo toda a vantagem
Soneto do Rompimento
Talvez esperasse o meu sofrimento
Ou, quem sabe, ver-me em pranto
Não sendo esse o acontecido, no entanto,
tornou-se sem graça o rompimento
O ridículo da cena devorou meu sentimento
E, ao ouvir tais palavras, não tive espanto
Sorri levemente e ensaiei um pensamento:
O que falta para o desencanto?
Por mais que ela a mim assegure:
"nada entre nós sobrevive"
Não acredito muito bem no drama
Por sorte, aprendi com as experiências que tive
Meu coração, esperto, já não se inflama
E implora: "não mais me procure!"
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