"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer"
Honoré de Balzac, em "A mulher de trinta anos"
Ao percebê-la, nada me parecia mais apropriado do que as palavras de Balzac. Dona de uma beleza majestosa, a moça tinha aparência de bem cuidada, a pele alva, sedosa, macia. Na realidade, pareceu-me com cara de noiva, a menos de uma semana do casamento. Almoçava com as amigas e tomava cerveja. Sorria despreocupada o mais belo dos sorrisos, de dentes perfeitos e boca bem desenhada.
Vestia-se de forma simples, porém elegante; regata preta, talvez uma calça bege ou jeans, com um colar de bolas laranjas e roxas. Usava brincos pretos, bem discretos; cabelos curtos e presos. Não era magérrima, mas seu corpo me parecia mais formoso do que qualquer menina de 18 anos. Como pude ter tanta certeza de que era inteligente, se não ouvi sequer uma palavra de sua boca? Era, sim, do tipo capaz de conversar sobre qualquer assunto e manter um papo agradável por horas, enquanto come pizza portuguesa e bebe um bom vinho no domingo à noite. No almoço, come salada porque gosta e é fã de Sex and the City.
Tem um hálito fresco, cheiroso, assim como também é o resto do seu corpo. Dirige um carro do ano, adora óculos escuros gigantes e está terminando a tese de mestrado. É apaixonada por seu cachorro, mora sozinha e lê dois livros por semana. Não tem mais paixões platônicas, como eu, mas deve deixar muitos garotos e homens nessa situação. Como eu.
Vestia-se de forma simples, porém elegante; regata preta, talvez uma calça bege ou jeans, com um colar de bolas laranjas e roxas. Usava brincos pretos, bem discretos; cabelos curtos e presos. Não era magérrima, mas seu corpo me parecia mais formoso do que qualquer menina de 18 anos. Como pude ter tanta certeza de que era inteligente, se não ouvi sequer uma palavra de sua boca? Era, sim, do tipo capaz de conversar sobre qualquer assunto e manter um papo agradável por horas, enquanto come pizza portuguesa e bebe um bom vinho no domingo à noite. No almoço, come salada porque gosta e é fã de Sex and the City.
Tem um hálito fresco, cheiroso, assim como também é o resto do seu corpo. Dirige um carro do ano, adora óculos escuros gigantes e está terminando a tese de mestrado. É apaixonada por seu cachorro, mora sozinha e lê dois livros por semana. Não tem mais paixões platônicas, como eu, mas deve deixar muitos garotos e homens nessa situação. Como eu.
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