O novo assusta. O novo agrada. O novo te faz pensar em coisas novas, te dá trabalho pra compreender o momento, pra decodificar novas mensagens. O novo, em verdade, é bastante velho, até pra você, que é tão novo. Mas se renova quando te coloca do outro lado, de quem sempre esteve ali, enquanto nada era novo para você. Até que chega a sua vez. Você é o novo, o inédito, o personagem que chega para integrar um elenco de uma peça antiga, em cartaz desde sempre. Aquela que você cansou de ver, até mudar de lugar. Agora eles é quem te veem, e a nova situação te coloca na berlinda. De peito aberto. Coração duvidoso. Porque o novo é irmão da incerteza, da insegurança. E assim vai permanecer até que tudo se torne velho e você mude de posição, encarando o novo de novo.
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